quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Texto completo sobre Póvoa e Meadas

Excerto completo da minuta da reunião de Câmara no que concerne ao assunto da "Rampa de acesso à Igreja de Póvoa e Meadas"

“ RAMPA DE ACESSO À IGREJA DE PÓVOA E MEADAS – ABAIXO-ASSINADO

Leu o Senhor Vice-Presidente o preâmbulo do Abaixo-assinado que deu entrada nestes serviços no passo dia vinte e sete de Julho:

“Vimos pedir, encarecidamente, a Vossa Excelência, o favor de reconsiderar o assunto da rampa de acesso à igreja de Póvoa e Meadas. A maneira como está a ser construída está a acusar grande descontentamento e, até revolta, entre a população, porque fere, muito, a sensibilidade das pessoas e prejudica, grandemente, a estética da igreja. E a opinião geral é que o adro seja restituído à sua traça original. Depois se estudará outra modalidade de resolver este caso e, sem encargos financeiros para a Câmara Municipal.

“Nós, os subscritores deste pedido, partilhamos deste descontentamento e desta sugestão e, por isso, nos dirigimos confiadamente, a Vossa Excelência, na esperança de sermos atendidos.”

Após a leitura do referido preâmbulo, perguntou o Senhor Vereador Fernando Valhelhas qual é o seguimento que a Câmara Municipal vai dar a este documento, ao que o Senhor Vice-Presidente respondeu que a obra está a ser executada com autorização do Senhor Bispo e suportado com um projecto técnico, elaborado com a colaboração de um arquitecto natural e residente em Póvoa e Meadas, que conhece bem o espaço, e até faz parte dos Corpos Sociais do Lar daquela Freguesia, pelo que conhece, no terreno, as dificuldades da população.

Referiu que a Câmara mais do que questionar a estética deve visar a questão funcional desta acessibilidade.

Acredita que a obra, uma vez terminada, ainda vai ser aceite pela população, porque já se viveram situações parecidas, que foram objecto de comentários menos positivos na comunicação social e na população em geral, e que acabaram por ser aceites.

Esclareceu o Senhor Vice-Presidente que o projecto inicial teve que ser ajustado às normas previstas no Decreto-Lei número cento e sessenta e três, barra, dois mil e seis, de oito de Agosto, que tem por objecto a definição das condições de acessibilidades a satisfazer no projecto de construção de espaços públicos, equipamentos colectivos e edifícios públicos e habitacionais.

Referiu que a promoção da acessibilidade constitui um elemento fundamental na qualidade de vida das pessoas, sendo um meio imprescindível para o exercício dos direitos que são conferidos a todos os membros da sociedade, contribuindo para uma maior participação cívica daqueles que integram os núcleos populacionais, neste caso de Póvoa e Meadas onde a maioria dos residentes são pessoas idosas, com mobilidade reduzida.

Continua a entender que é da mais elementar justiça respeitar o trabalho dos arquitectos, que elaboraram este projecto com dedicação - e até carinho -, bem como ir ao encontro daqueles que são minoria e que ainda ninguém quis ouvir, isto é, os deficientes motores, os idosos e outros de mobilidade condicionada.

Sempre defendeu que a Autarquia se deve primar pelo essencial e não pelo superficial, pelo que deve adequar os edifícios de utilidade pública com as condições de acessibilidades para todos os utentes.

A toda esta explanação do Senhor Vice-Presidente, respondeu o Vereador Fernando Valhelhas que com esta obra o adro fica cortado ao meio, o que em nada favorece a traça do edifício.

De seguida disse o Senhor Presidente só ter tido conhecimento do abaixo-assinado nesta reunião, embora já tivesse ouvido alguns comentários. Esclareceu que o processo da rampa se iniciou em Maio de dois mil e cinco, a pedido do Senhor Cónego conforme o atestam as duas cartas que recebeu enviadas pelo Senhor Cónego Isidro, em seu nome pessoal, e em nome dos habitantes de Póvoa e Meadas.

Em virtude de ter tido conhecimento desses comentários, solicitou uma reunião ao Senhor Bispo de Portalegre e Castelo Branco. A mesma ocorreu no Paço Episcopal de Portalegre, onde ficou decidido que a obra de colocação da rampa iria ser concluída após ter explicado todo o desenvolvimento do processo.

Considerou dar prioridade aos direitos e qualidade de vida dos idosos conjugados com a estética do edifício, lembrando que a Diocese deu o seu parecer favorável ao projecto. Lamentou o facto do Pároco daquela Freguesia ter cortado a luz, para que a obra não prosseguisse, quando foi o mesmo que em nome da população pediu a realização desta obra.

Quanto ao abaixo-assinado respeita-o, enquanto opinião dos seus subscritores mas não pode deixar de reconhecer que quem o assinou, decerto não necessita deste equipamento, nem sabe, o que é viver junto de pessoas com necessidades especiais, nomeadamente com mobilidade condicionada.

O Senhor Vice-Presidente terminou informando, que em seu entender, e em resposta ao Senhor Vereador Fernando Valhelhas a Câmara vai manter a posição, concluindo a obra. Se se chegar ao fim e a mesma não estiver de acordo com os anseios de toda a população, corrigir-se-á o que for necessário corrigir. Não há nenhum braço de ferro com ninguém. Irá ser comunicado à Fábrica da Igreja o ponto da situação, bem como ao cidadão anónimo que também deu algum contributo para que esta obra fosse uma realidade.

Também o Senhor Vice-Presidente não quis deixar de manifestar o seu total repúdio pelo facto do Senhor Professor Joaquim Canário ter subscrito este abaixo-assinado, pessoa que esteve oito anos à frente desta Autarquia podendo ter feito parte da solução do problema, e que agora aparece neste género de acto que sempre rejeitou. A memória é mais uma vez demasiado curta quer para o senhor ex-presidente Joaquim Canário, quer para o senhor ex-vereador Joaquim Belo.

A este assunto referiu o Senhor Vereador António Soldado que concorda inteiramente com a explicação do Senhor Vice-Presidente. Entende que a população deve ser esclarecida e deixar-se concluir a obra, para se ver se é ou não uma aberração, caso seja, a Câmara deverá estar receptiva à retirada da dita rampa.
----------- A Câmara tomou conhecimento.”

4 comentários:

Anónimo disse...

Não noticiem mais coisas que a trapalhada é geral !
Ainda haverá em Póvoa e Meadas quem queira votar neles ?! Nas eleições locais e também para os Corpos Sociais das associações e instituições locais ? Ainda querem por cá o "atrevido" Pita ? Quem é que se quer continuar a deixar enganar ?

Anónimo disse...

Não sei em que ponto vai a lua quer dizer , não sei como vão as obras da-ponte.- a trapalhada ainda não foi esclarecida por quem de direito .Será que a luz ainda falta ? será ...será tantos "será "e sem resposta . E se ,pergnto eu , um grupo de gente da Póvoa se prontificasse a assistir a 1 reunião Camarária ?era interessante

Anónimo disse...

a reunião já foi onde estava a gente da Povoa.

Anónimo disse...

Na Póvoa que é lá o lugar dela... Quando é para angariar votos não se deslocam ? agora também podiam deslocar a reu ...se calhar até ganhavam ajudas de custo ...digo eu